quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Poema "A mim chegou o Paraíso"

Depois de uns óptimos dias de férias com a minha cara metade, a minha inspiração de poeta só podia estar a postos para gerar poesia de índole romântica. Convosco partilho o poema "A mim chegou o Paraíso":

Bela princesa, rainha do meu mundo
Anjo vindo do Céu,
Abençoas esta Terra
Com a tua simples presença

Tua voz é som melodioso
Cristalino e etéreo
Teus doces olhos revelam tua alma
Alma resplandecente, cheia de amor e fulgor

De tuas passadas brotam flores,
Monumentos à nossa paixão!
Chama fulgurante
Iluminas a minha existência

Espírito transformador
Convertes-te minha vida em idílico Paraíso
Livre de dor, tristeza e miséria
Repleto de amor, paixão e êxtase

Sou um afortunado
Um realizado apaixonado
A minha vida mudou
O Paraíso até mim chegou


Sempre vosso,
Luís

terça-feira, 20 de agosto de 2013

"Homem-Monstro"

Infelizmente, alguns de nós tem o azar de ter que lidar (ou ver pessoas amadas lidar com) com pessoas verdadeiramente execráveis, que produzem apenas Mal. Ao cabo de vários episódios com esta sub-espécie de humanos, passei para o "papel" um poema com vista a tentar manter alguma da minha sanidade mental:

Dizem que toda a vida é preciosa
Dantes só podia concordar
Agora não sei o que pensar,
Se o Homem-Monstro considerar!

Disfarçado de Homem,
Homem não pode ser
Energúmeno monumental
Besta descomunal!

Buraco negro de felicidade
Velho abutre retorcido
Alimenta-se de desgraça e miséria
Maldito animal!

Como preciosa pode ser a existência
De quem apodrece vidas alheias?
Parasita intolerável
Oh Lúcifer, vê lá se o levas!


Sempre vosso,
Luís

sábado, 10 de agosto de 2013

"Mais vale voar e cair..."

A inspiração para este poema veio-me num dia mauzito, para usar o belo do eufemismo. "Mais vale voar e cair...":

Caminho pela vida,
Errante e sem destino.
Um obstáculo se me atravessa
Um precipicio entre margens

Sem força, sonhos ou objectivos
Passivo, só procuro outro caminho.
No entanto, no âmago do meu ser
Só queria voar por cima deste precipicio

Voar, voar,
Voar como Ícaro
Voar até ao céu
Elevar-me desta existência inexistente

De bom grado partilharia
O destino do arrogante Ícaro
Que almejou o Sol
E em chamas tombou

Melhor destino é esse,
Sofrer por desejar o céu
Na procura de glória perecer
Do que somente na mediocridade sobreviver


Sempre vosso,
Luís

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

"O Papel do Poeta"

Sempre pensei que um poeta tem um papel fundamental na cultura de um povo, pois é ele que consegue ver beleza e/ou importância na mais banal das coisas e de seguida usar as palavras para partilhar essas características com o resto de nós. Inspirado por esta visão compus o poema "O Papel do Poeta":

Quem se aventura na Poesia
É um abençoado receptáculo
Da beleza intrínseca do Tudo existente

Feliz Tradutor
Usa as palavras para partilhar
A magia presente

Nobre tarefa tem o Poeta,
Ao mostrar a quem não vê
Tudo o que o Mundo apresenta!


Sempre vosso,
Luís

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

"Doce Rio"

Uma pequena homenagem a um dos ex libris da cidade portuguesa do Porto, o rio Douro. Rio com enorme potencial turístico e económico, é uma das principais razões para o Porto ser considerada como a "segunda cidade de Portugal". Convosco partilho "Doce Rio":

Nobre e antigo Douro
Rio que flui de longe
Nasces em terras de antigos inimigos
Mas é como se nascesses no nosso coração

Indolente e majestoso,
Tens fluido eternamente.
És digno de atenta contemplação
Rio belo, saído do mais doce sonho

És o fluido vital desta cidade,
Invicta é conhecida, mas sem ti seria
Local de pouca monta.
Oh Douro, sangue que sustenta a vida
Deste nosso Porto!


Sempre vosso,
Luís

"Génio da Garrafa"

Infelizmente o mundo está cheio de demónios pessoais, muitos deles comuns a várias pessoas. Esta poema é sobre um desses demónios, tendo como título "Génio da Garrafa":

Encontrei um Génio,
Que sortudo que eu sou.
Este Génio concede desejos infinitos
Sem custos para mim

Este Génio concede alegria despreocupada
Euforia e coragem irresponsável
Fico leve sem amarras
Obrigado Génio, que até me apagas lembranças indesejadas

Tarde de mais vi o engano
Este não é um Génio
Mas sim um Demónio Solitário
Cujo único fim é levar-me com ele para o fundo da garrafa!


Sempre vosso,
Luís

terça-feira, 6 de agosto de 2013

"Mudo, Pobre Mudo"

Neste post vou-me desviar para caminhos mais negativistas que os que tenho calcorreado com a minha caneta. Apresento-vos o poema "Mudo, Pobre Mudo" e é dedicado a todos aqueles que sejam afectados por um qualquer tipo de ansiedade social (como eu), que lhes dificulte a interacção social:

O rapaz parece Mudo
Só Mudo pode ser
Mas, espanto, heis que ele fala!

Suas palavras saem a custo
Parece que se escapam
De um fundo e ditoso poço!

Que mordaça infernal silencia este rapaz
Que diabrete lhe esconde as palavras
Que feitiço é este que o ensandece

Pois falar lhe é tarefa tão árdua como a de um Hércules
Mudo, Pobre Mudo
Que o é sem o ser!


Sempre vosso,
Luís

"Jardim"

Partilho convosco um pequeno poema sobre um jardim, do qual gosto bastante de passear. Espero que gostem:

"Jardim"

Sempre que olho para este Jardim
Minha visão é uma agradecida vítima
De uma explosão, calma
Explosão de belas cores, mas de cores apenas

Meus olhos sedentos sorvem esta visão
Mais revitalizante que água, mais inebriante que álcool
Esta relíquia é um tónico divino
Que revigora minha alma!


Sempre vosso,
Luís

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

"Rainha Tempestade"

Continuando no campo do Amor/Paixão, deixo-vos um poema que me ocorreu durante um passeio no Jardim Botânico do Porto (local a visitar, se tiverem oportunidade). "Rainha Tempestade" é o seu nome, que acham:

Chegou a Tempestade
Poderosa e caótica
Tudo se verga à sua passagem
À passagem desta violenta Tempestade

A Tempestade ruge como um nobre leão
Soa altiva e dominadora,
Ciente do seu poder
Nada pode bloquear este dilúvio de sonoridade

Com a Tempestade chega a chuva
Imensa, intensa, a bela água cristalina
Forma uma torrente invencível
Que a tudo subjuga

A Tempestade é rainha
Tudo domina, absoluta e incontestável
Ela habita no meu coração
E seu nome é Paixão!


Sempre vosso,
Luís

"O Fim da Noite"

Este foi o primeiro poema que alguma vez escrevi, e que libertou em mim o bicho da escrita. É dedicado à minha namorada, sempre minha musa em todas as áreas na minha vida.

O poema recebeu o nome de "O Fim da Noite":

A Noite Penetrante chegou
A minha Alma ocupou.
O negrume bloqueia a minha visão
A Noite destrói a alegria,
Como um assassino sem alma.
Amarras negras me imobilizam na dor.

Da Noite uma luz sobressaí
Corta as amarras que me prendem
A  Noite foge, cobarde, desta luz
Minha Alma exulta com este Milagre

Liberto da penumbra desvendo o enigma desta luz
Nela vejo o teu sorriso, o teu amor
Que como poderoso Titã me arranca da Noite
E me transporta para o Dia, para te amar.


Sempre vosso,
Luís

Nascimento do "Plano das Palavras"

Bem, aqui baptizo o meu novo blog "Plano das Palavras". Pretendo que este blog seja um meio de dar a conhecer ao mundo as minhas aventuras literárias, na forma de poemas e de contos.

Sempre fui um verdadeiro devorador de livros e revistas, não sendo esquisito sobre que tema. No entanto, o bicho da escrita só se revelou à pouco tempo, ao escrever um poema para minha namorada. A partir daí, a vontade de escrever só aumentou.

Espero que apreciem o que aqui vou postando, e que nos possamos ajudar na caminhada para uma melhor escrita.

Sempre vosso,
Luís.