A inspiração para este poema veio-me da leitura do romance O Pêndulo de Foulcault de Umberto Eco (Foucault's Pendulum em inglês). Sem querer entrar em spoilers, só posso dizer que este livro é uma obra-prima e claramente uma das minhas obras preferidas. O livro é complexo, belo e fascinante, repleto de personagens muito bem construídas e interessantes.
Um dos maiores elogios que posso fazer ao livro é a maneira como vai contando várias histórias ao longo do livro, todas elas interessantes e que nos colam ao livro mas que também dão a sensação que o escritor vai chegando ao final de uma forma desconexa e pouco linear, para no final todas as histórias serem brilhantemente conjugadas para se dar le grand finale.
Nem todos estão preparados para a Vida
Para esta gente Ela é
Um animal demasiado bravio
Para domado poder ser
Para não se afogarem
Nos violentos rápidos da existência
Metas são definidas como um farol
Para a bom porto os levar
Mas todo o cuidado é pouco
Sem atenção uma transmutação pode ocorrer
Um farol em soberano se pode tornar
Um tirano cruel que a vida domina
Chegar à meta torna-se obsessão
A Vida, Vida deixa de ser
Seres quase ocos
Apenas um pensamento os domina
A luz amaldiçoada do farol seguir
Ao seu suposto destino chegar
Para aí descobrir, coitados
Que depois de a meta atingir,
Não há mais faróis que os guiem!
Olha a coincidência! Estou com este livro ao meu lado para iniciar a leitura, estou elaborando um poema sobre movimento e harmonia, acabei encontrando este livro em minhas pesquisas sobre o assunto, continue escrevendo, muito bom seu blog!
ResponderEliminarMuito obrigado pela força, é sempre bom saber que há quem goste do que escrevo ;)
EliminarE boas leituras, tens um livro muito bom ao teu lado. Fiquei também muito curioso sobre o poema que estás a pensar escrever, gostaria de o ler quando o tiveres pronto :)
Acabei de ler o poema "Pelo Farol Obcecados" e gostei muito; inteligente e muito criativo. Também me deu curiosidade de ler o livro.
ResponderEliminarObrigado, fico muito contente pelo que achaste do meu poema. Fiquei ainda mais contente em ter-te inspirado curiosidade pelo livro. Tens que ler, é uma verdadeira obra-prima!
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